terça-feira, 3 de julho de 2012

Divulgação de vídeo de Cachoeira causa pânico no Congresso

Do Gerson Camarotti com Ponto Crítico

Com toda certeza tem muito político em Brasília e em outros rincões, sofrendo de "diarréia" neste momento. Este é apenas o início da avalanche de denuncias que ainda devem acontecer, ainda mais se o Cachoeira realmente abrir o "baú" como informa sua mulher. E falando em sua mulher, a frase mais imbecil que escutei nos últimos anos saiu exatamente da boca da esposa de Cachoeira: "Meu marido é preso político". Ou ela é muito idiota, ou realmente não tem noção do que significa ser preso político.
 
A divulgação de apenas um vídeo do bicheiro Carlinhos Cachoeira no domingo à noite gerou um clima de pânico entre parlamentares de vários partidos no Congresso Nacional. A constatação é de que Cachoeira gravou e armazenou muitos vídeos de suas negociações com políticos. E que o surgimento de novas imagens pode complicar a situação de muitos caciques das principais legendas.

Parlamentares ouvidos hoje pelo Blog ressaltam que a metodologia de Cachoeira sempre foi de gravar as conversas com políticos e autoridades. Os vídeos eram usados depois para pressionar e chantagear os próprios políticos. Mesma estratégia usada por Durval Barbosa, no escândalo que ficou conhecido como “Mensalão do DEM”, e que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda (DF).

A dúvida entre os parlamentares é saber o que está com a Polícia Federal e quais vídeos ainda estão em poder do grupo de Cachoeira. Os petistas estão especialmente preocupados porque temem que o vazamento desse lote de vídeos possa atingir políticos filiados ao partido.

No domingo à noite, reportagem do Fantástico da TV Globo mostrou um vídeo encontrado pela Polícia Federal no dia da Operação Monte Carlo, na casa do ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira, em que o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT) negocia financiamento de campanha com o grupo de Cachoeira. O vídeo é de 2004 e foi gravado durante a campanha que elegeu, pela primeira vez, o prefeito da capital do Tocantins.

Essa não é a primeira vez que políticos e autoridades são flagrados em negociações com Cachoeira. Recentemente, também foi divulgado um vídeo em que o deputado Rubens Otoni (PT-GO) acertava contribuição de campanha com o contraventor.

O primeiro escândalo do governo Lula surgiu de um vídeo em que o ex-assessor parlamentar do Palácio do Planalto, Waldomiro Diniz, aparecia pedindo propina ao bicheiro quando presidia a Loterj. Outra autoridade atingida por Cachoeira foi o subprocurador da República, José Roberto Santoro, que deixou o cargo depois que foi divulgado um áudio de um depoimento prestado pelo contraventor em seu gabinete.

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