quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O que fazer com os jovens que frequentam a Avenida Tupi?

Esta pergunta foi feita ontem (14) na reunião entre moradores dos entornos onde acontecem as badernas nos finais de semana, vereadores, imprensa e Polícia Militar, qua aconteceu na sede do 3º BPM às 16h. As opiniões são muitas e divergem, mas em uma coisa todos concordam, está na hora de dar um basta ao que está acontecendo, pois já ultrapassou o limite do bom senso.

“Uma coisa é você ser jovem e sentir vontade de se divertir, sair com os amigos, beber uma cerveja, outra é deixar chegar ao ponto que chegou. Vejo na maioria das vezes crianças, meninas que não tem mais de 14 ou 15 anos se embriagando, se drogando e por vezes já presenciei, meninas se prostituindo no local. Se algum morador ousar chamar a atenção é logo ameaçado, teve até mesmo um comerciante que chutou uma lata que estavam usando para fumar crack, avisou que o local em frente seu estabelecimento não era “cracolândia”, ele foi perseguido e por três vezes teve seu veículo “depenado”. Não suportamos mais esta situação e queremos a execução da lei, o direito deles vai até onde começa o meu. Tenho direito de poder descansar a noite, de poder dormir depois de um dia cheio de trabalho, mas nos últimos anos isso está sendo impossível. Não agüentamos mais e estamos aqui cobrando uma ação mais eficiente por parte do poder público”, desabafa Luiz Batista, patobranquense que mora nos arredores do Posto Patinho.

A jovem "L" (17) afirma que os jovens estão ultrapassando todo o limite e que nada daquilo é necessário para poder se divertir. “Eu tenho 17 anos e não preciso ficar a noite toda bebendo, me prostituindo, incomodando as pessoas que tem o direito de descansar ou me drogando para me divertir. Tenho meus amigos e nenhum deles faz isso, até mesmo porque a gente tem uma maneira muito mais saudável de diversão, sem precisar encher a cara para ficar feliz. Se quero escutar um som, que alias amo música, eu escuto e não incomodo os outros e nem obrigo eles a ouvirem o que eu gosto de ouvir. Creio que isso seja ser civilizado, o que estes baderneiros estão fazendo é arruaça, é tirar o sossego das pessoas, é acabar com o direito das pessoas e aprendi com meus pais que o meu direito vai, até onde começa o do outro e é assim que eu procedo, com educação, sem necessitar agredir outras pessoas”.

O major Dolenga afirmou que a Polícia Militar está procurando na medida do possível, agir com mais rigor para coibir os abusos. “Sabemos das dificuldades enfrentadas pelos moradores daquela região e posso afirmar que estamos fazendo o possível para reduzir e quem sabe até acabar com os abusos, mas a Polícia Militar precisa agir dentro da lei, não podemos simplesmente prender um cidadão por estar bebendo. Se houver constatação de que ele tenha infringido a lei, ai sim é nosso dever fazer o que a lei manda, mas precisamos ter muito cuidado para não cometermos injustiças. As ações desenvolvidas pela Polícia Militar serão intensificadas, principalmente nos finais de semana e necessitamos da colaboração de toda a sociedade. Se você não quer ver seu filho preso, ou o carro detido no pátio do batalhão, converse mais com ele e instrua-o a não cometer abusos ou delitos, pois é nosso dever acima de tudo proteger o cidadão".

O fato é que infelizmente não conseguimos a resposta para a pergunta inicial: O que fazer com os jovens que frequentam a Avenida Tupi? A cidade não oferece muitas alternativas, devemos lembrar que durante a campanha política o atual prefeito Roberto Viganó, então candidato, prometeu construir um espaço para lazer e encontros, onde era antigamente a pedreira municipal, mas o seu mandato está em seu último ano e não acredito que consiga cumprir esta promessa. Entendo que os jovens necessitam de um local para ouvir música, dançar, se encontrar com outros jovens, mas a rua não é lugar para isso, o que devemos fazer é cobrar do poder público que cumpra suas promessas e resolva esta situação, que afinal de contas, ele mesmo “empurrou” os jovens para estes locais.

2 comentários:

Sol disse...

o que fazer com os jovens eu não sei, mas o que deveriamos nos perguntar é que fazer com os pais deles, que não souberam passar valores para eles; princípios; o que é certo ou errado; educação, valores isso a gente recebe de casa, dos pais. Vemos esses jovens, bebendo na segunda, na terça, quarta, e assim por diante parados na avenida. Meninas de 13, 15 anos com uma latinha de cerveja na mão e um shortinho que não cobre nada. Me desculpem esses pais, não estou generalizando, mas em algum momento da criação houve uma falha, melhor dizendo: houveram várias falhas. Não há mais respeito com as pessoas; estes jovens respondem,se acham os tais, os que sabem tudo e não tem o minimo de respeito com ninguém, muito menos com os pais que estão aonde? enquanto os filhos ficam na avenida bebendo... o errado começou em casa. Familia bem estruturada, com pais presentes, dificilmente os filhos ficam na avenida bebendo e fazendo algazarra...

Mirian Decorações disse...

Parabéns pela matéria, de grande importância para seus leitores.
A imprensa está mais ativa que as autoridades, vocês são nossa luz no final do túnel. Estarei seguindo seu Blog.

Abraços,
Mirian