sexta-feira, 11 de março de 2011

Assessor especial? Só se for em falcatruas


Prosa e Política

De uma feita fiquei sabendo, que um falsário português, quando estava na cadeia, produziu ácidos com  restos de comida, conseguindo dessa foram,  fazer as matrizes para imprimir dinheiro falso dento de sua cela, a fim de subornar a guarda carcerária.

Contei cheio de admiração essa história a meu pai brasileiro, ele como sempre irônico, disse: “Fosse eu o governo, o nomeava presidente da Casa da Moeda”.

Lembrei-me disso, mudando o que deve ser mudado, ao ler ontem (10/3) que um petista reprovado pelas últimas  urnas, conseguiu sua “boquinha” como assessor especial do ministro da Defesa Nelson Jobim, com um salário mensal de R$ 8.988,00 (não entendi porque não R$ 9 mil), ou seja algo que um trabalhador, que teve a alta de seu salário decretada nesses das, levaria  um ano e 4 meses para ganhar.

Até aí tudo, bem , mesmo sem entender o que seria um assessor especial para Nelson Jobim, haja vista, que desde quando  assumiu sua pasta (julho de 2007), absolutamente nada fez de especial, muito pelo contrário, é a própria personificação do “muito flato e poucas fezes”. Mas o  que pega é quem assumirá essa boca, trata-se nada mais nada menos, que o réu como um dos chefões do “mensalão”, nome que recebeu o esquema da compra de votos da base aliada governo, ainda no primeiro mandato de Lula, o grande ex-presidente do PT, José Genuino.

O Estadão do mesmo dia, em seu editorial, com o título parafraseando  Cícero nas catilinárias : “Até quando?” (Quousque tandem…?), refere-se a política da capital paulista, mas as duas primeiras orações podem servir em carate nacional: “Até quando os políticos vão abusar da paciência do povo? Até quando acham que todo mundo continuará aceitando passivamente justificativas inconsistentes para armações indisfarçavelmente eleitorais?”.

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Enquanto isso, parece que finalmente os responsáveis pelo escândalo do Mensalão sofrerão alguma punição. O Supremo Tribunal Federal ordenou a quebra do sigilo fiscal de todos os 38 réus do processo. O ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão no STF, determinou o envio de ofício à Receita Federal pedindo cópia da última declaração do Imposto de Renda dos denunciados.Barbosa acolheu solicitação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que requisitou a quebra do sigilo para que já calcule possíveis multas, em caso de condenação.

Que coisa estranha não? "Arrumar" o cargo para um dos chefes do "mensalão" enquanto a justiça começa a tomar uma decisão em relaçãoaos réus!

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