segunda-feira, 4 de março de 2013

Partidos já organizam chapas de deputados para 2014



Do Jo­sé La­za­ro Jr. com Ponto Crítico


Surpresa poderá vir de novos nomes da política paranaense, entre eles dois sudoestinos, Edson Casagrande e Guto Silva.
Beto Richa (PSDB) Governador do Estado do Paraná, Edson Casagrande (DEM) Secretário de Estado de Assuntos Estratégicos e Guto Silva (PSD) Subchefe da Casa Civil
As elei­ções ma­jo­ri­tá­rias têm mo­vi­men­ta­do a po­lí­ti­ca, mas ­quem não vai dis­pu­tar o go­ver­no do Pa­ra­ná, o Se­na­do ou a Pre­si­dên­cia da Re­pú­bli­ca, tam­bém es­tá ocu­pa­do ar­ti­cu­lan­do as pro­por­cio­nais (As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va do Pa­ra­ná e Câ­ma­ra Fe­de­ral). 

Na elei­ção de 2010, ­duas gran­des co­li­ga­ções dis­pu­ta­ram o plei­to, con­cen­tran­do 70% dos vo­tos vá­li­dos. Os ou­tros 30% so­bra­ram pa­ra ­duas co­li­ga­ções me­no­res, ­três cha­pas pu­ras e cin­co si­glas pe­que­nas, abai­xo do 1% da in­ten­ção ge­ral de vo­to. O gru­po que se ­saiu me­lhor em 2010 ti­nha ­PMDB, PT, PDT, PR e ­PCdoB. Es­ses par­ti­dos ti­ve­ram jun­tos ­mais de 2 mi­lhões de vo­tos (40%), mas de­pois do plei­to ca­da si­gla to­mou um ru­mo di­fe­ren­te, es­pe­cial­men­te no Pa­ra­ná, on­de o ­PMDB ade­riu ‘‘de ma­la e ­cuia’’ à ges­tão tu­ca­na. ­PSDB, DEM, PP, PPS e PRB es­ta­vam na ou­tra co­li­ga­ção, que fez 30% dos vo­tos vá­li­dos. Na épo­ca, PSC e PSB saí­ram so­zi­nhos, mas pa­ra 2014 ten­ta­rão uma po­lí­ti­ca de alian­ças. Ra­ti­nho Jú­nior po­de des­fal­car o PSC se for mes­mo co­lo­ca­do na vi­ce de Be­to Ri­cha (­PSDB). 

A sur­pre­sa vi­rá de al­guns ‘‘pu­xa­do­res de ­votos’’ in­te­res­sa­dos em ado­tar tá­ti­cas con­ser­va­do­ras. É o ca­so do Par­ti­do Pro­gres­sis­ta, por exem­plo, cu­ja op­ção é lan­çar Ri­car­do Bar­ros pa­ra de­pu­ta­do fe­de­ral e Ci­da Borg­het­ti pa­ra es­ta­dual. A do­bra­di­nha foi rea­li­za­da em 2002 e 2006, quan­do Ci­da ob­te­ve ­mais de 60 mil vo­tos pa­ra a AL e Bar­ros foi elei­to fe­de­ral. Em 2010, quan­do ele dis­pu­tou o Se­na­do ao la­do de Be­to, Ci­da jun­tou o ca­pi­tal elei­to­ral de am­bos e ga­nhou uma ca­dei­ra em Bra­sí­lia, com 147 mil vo­tos. ‘‘Não es­tá fe­cha­do, mas é a tendência’’, di­se Ci­da pa­ra a FO­LHA. 

O ­PSDB apos­ta nu­ma cha­pa ‘‘­vitaminada’’ de fe­de­rais, com o re­tor­no de Fran­cis­chi­ni (PEN) e a ade­são de Ed­son Ca­sa­gran­de (DEM), ho­je se­cre­tá­rio de Es­ta­do de As­sun­tos Es­tra­té­gi­cos. Val­dir Ros­so­ni de­se­ja tro­car a AL pe­la Câ­ma­ra Fe­de­ral, mas vai de­ci­dir só na úl­ti­ma ho­ra. An­tes ­quer sa­ber se a ca­ro­na de Be­to Ri­cha vai ga­ran­tir os vo­tos ne­ces­sá­rios. 

Um fa­tor que po­de im­pe­dir is­so é a lo­ta­ção des­sa ga­ru­pa, já que pa­ra ga­ran­tir o ­apoio na ma­jo­ri­tá­ria, on­de co­li­ga­ções sig­ni­fi­cam mi­nu­tos na te­vê, o ­PSDB de­ve­rá ce­der a al­gu­mas si­glas na pro­por­cio­nal. A pri­mei­ra da fi­la é o PSD do deputado federal Eduar­do Sciar­ra e do subchefe da Casa Civil Guto Silva, Sciarra deve repetir a eleição anterior e sair a federal, já Guto Silva vem para estadual e é uma das grandes promessas da nova política paranaense, e vale lembrar que o partido é de­ten­to­r de 36 pre­fei­tu­ras, entre elas Londrina. 

O ­PMDB tam­bém ­quer co­li­gar com os tu­ca­nos na pro­por­cio­nal, mas a ­ideia as­sus­ta os es­ta­duais do ­PSDB. Os pee­me­de­bis­tas pro­me­tem lan­çar can­di­da­tos os ex-pre­fei­tos da si­gla. Em 2008, o par­ti­do ti­nha 138 pre­fei­tu­ras, re­du­zi­das pa­ra 56 ano pas­sa­do. Só nes­sa di­fe­ren­ça há 82 po­ten­ciais can­di­da­tos, o que in­ti­mi­da os ‘‘­aliados’’. Na cha­pa de fe­de­rais do ­PMDB de­ve es­tar o se­na­dor Sér­gio Sou­za (su­plen­te da pe­tis­ta Glei­si Hoff­mann), en­quan­to a can­di­da­tu­ra de Odí­lio Bal­bi­not­ti (Ma­rin­gá) de­pen­de de con­fir­ma­ção. Tam­bém é uma dú­vi­da ­qual des­ti­no Mar­cel Mi­che­let­to, fi­lho de Moa­cir, po­lí­ti­co do ­PMDB fa­le­ci­do ano pas­sa­do, da­rá ao ca­pi­tal po­lí­ti­co do pai (121 mil vo­tos em 2010 pa­ra a Câ­ma­ra Fe­de­ral). Mar­cel ho­je é pre­fei­to de As­sis Cha­teau­briand. Ain­da nos bas­ti­do­res, tem gen­te den­tro do ­PMDB es­pe­cu­lan­do que Or­lan­do Pes­su­ti se­ria can­di­da­to a de­pu­ta­do es­ta­dual, ca­so não con­si­ga via­bi­li­zar a ma­jo­ri­tá­ria. 

No PT, a no­vi­da­de fi­ca­rá pe­lo gru­po ­mais ‘‘à ­esquerda’’ da si­gla, co­nhe­ci­do co­mo De­mo­cra­cia So­cia­lis­ta (DS). Ex­poen­te da DS no Pa­ra­ná, exis­te a chan­ce do Dr. Ro­si­nha (PT) dis­pu­tar a pri­mei­ra elei­ção aber­ta do Par­la­Sul. ‘‘De­pen­de da apro­va­ção do Con­gres­so, mas há gran­des chan­ces do pro­je­to que re­gu­la­men­ta a elei­ção ser apro­va­do até o fi­nal do ano. Se is­so não acon­te­cer, o Bra­sil per­de­ria a re­pre­sen­ta­ção no ­parlamento’’, ex­li­ca Ro­si­nha. A op­ção é Mar­lei Fer­nan­des, pre­si­den­te da APP-Sin­di­ca­to, ­pois o Pro­fes­sor Le­mos vai pa­ra a ree­lei­ção na AL. A vo­ta­ção pa­ra o Par­la­Sul se­ria rea­li­za­da jun­to com as de­mais em 2014.

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