quinta-feira, 10 de outubro de 2013

População ocupa Câmara Municipal de Mariópolis para protestar contra mudança em projeto de lei



Assessoria 

A Câmara Municipal de Mariópolis viveu um momento atípico em seu cotidiano na noite de terça-feira, dia 8 de outubro. Com faixas e cartazes, dezenas de manifestantes ocuparam as dependências do legislativo para protestar contra a alteração do projeto de lei que cria o Parque Industrial de Mariópolis. O projeto original permite que o local onde o Parque Industrial será construído abrigue uma zona mista de negócios, ou seja, compreende a instalação de empresas de tecnologia da informação, do setor moveleiro, transportes, logística, costura, além de segmentos da indústria da transformação. Com esta configuração o Parque Industrial se torna viável do ponto de vista econômico, já que tem condições de prospectar empresas para se instalar no município. No entanto, com a alteração o Parque fica limitado a receber apenas indústrias, não definindo sequer o perfil dessas.  

No entanto, na sessão do legislativo da última segunda-feira, dia 7, vereadores que compõem a bancada de oposição a administração municipal pediram alteração do projeto. Segundo eles, o Parque tem que ser exclusivamente industrial. Houve discussão entre as bancadas de oposição e governo e a votação para alterar o projeto terminou empatada; quatro votos para mudar e quatro votos para manter o texto em seu formato original. O desempate veio pelas mãos do presidente da Câmara Municipal, vereador Pedro Vieira (o Stof), votou a favor da alteração do projeto desempatando o certame.

Na segunda votação, marcada para a noite de terça-feira, dia 8,  os vereadores foram surpreendidos com a presença de dezenas de manifestantes que pediam a derrubada das alterações do projeto.  Segundo os manifestantes, a maioria empresários e jovens estudantes, o projeto original abre um leque de oportunidades para a economia do município, enquanto a alteração restringe a atividade do parque e impede que empresários locais, por exemplo, possam ampliar ou implantar novos negócios na região. 

A sessão transcorreu sem problemas durante todo o tempo, no entanto, o presidente Pedro Vieira, suspendeu os trabalhos no momento em que a votação seria realizada alegando falta de segurança na plenária. A população, perplexa, deixou o local sem entender os motivos da suspensão da sessão. “O povo veio reivindicar seus direitos, todos de forma pacífica, sentados, simplesmente com os cartazes nas mãos, sem motivo. Tudo está filmado, não houve problema algum, e eles simplesmente encerraram a sessão, chamaram a polícia, enfim, ninguém entendeu nada, mas acredito que o medo deles seja de que o povo coloca a gente lá e o povo tira”, explicou a vereadora Solange Bellan.

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