terça-feira, 19 de abril de 2011

Em Curitiba menores se prostituem em troca de crack

Esta matéria do jornalista Marcelo Remígio, retrata a realidade de todos os municípios do Brasil. Hoje o crack não é um problema apenas dos grandes centros urbanos, o crack se tornou a maior doença de todos os tempos em nosso país. Crianças assaltam, matam e se prostituem em nome do vício e infelizmente nossas autoridades parecem não se preocuparem tanto com esta situação absurda. Até quando veremos este descaso das autoridades [IN]competentes, em relação a um assunto tão grave?
Marcelo Remígio, de O Globo

Início da tarde, bairro Parolin, Curitiba, reduto de prostituição infantil. A menor L., de 15 anos, usuária de crack aguarda mais um cliente próxima à esquina da Rua Brigadeiro Franco com a Travessa Livorno. Será o seu segundo programa de muitos em um único dia. O pagamento pelo serviço dependerá do cliente: R$ 10 ou pedras de crack.

A rotina imposta pela dependência é comum entre crianças, adolescentes e jovens de 9 a 18 anos, que se prostituem para conseguir drogas.

O ponto escolhido por L. para buscar clientes é estratégico. No local há um casarão centenário abandonado tombado pelo Patrimônio Histórico do estado do Paraná. O imóvel, que pertenceu à família que dá nome ao bairro, foi invadido por moradores de rua e hoje é usado pelos menores como prostíbulo, onde a moeda corrente mais comum é o crack. Os cômodos do térreo e o sótão são divididos pelos menores, uma parte para os programas e a outra para o consumo da droga.

Meninas iniciam sua vida sexual aos 9 ou 10 anos, tudo em nome do vício. Algumas engravidam antes mesmo dos 12 anos.
A troca de sexo por crack ou R$ 10 para a compra de drogas também acontece em locais do Centro de Curitiba, nos chamados “muquifos”, quartos alugados para programas, e nos bairros Cajuru, Vila Verde e Cic, onde há áreas controladas por traficantes.

De acordo com menores usuários de crack, quem compra e não paga é ameaçado por traficantes. A punição é a mutilação de dedos.

Crianças fumam crack perto da sede do poder em Brasília. A polícia já se acostumou a presença dos usuários próximos a Esplanada dos Ministérios


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