sexta-feira, 26 de abril de 2013

Para não esquecer e divulgar


Delegado explicou que a dupla oferecia entre R$ 5 e R$ 10 para que os meninos gravassem os vídeos.

Estes são os dois pedófilos presos pelo COPE, da Polícia Civil: Edson Mariano Atanásio, 29 anos, e Waldomiro Rodrigues da Silva, 36 anos. Um deles é soropositivo. Com eles foram apreendidas 32 mil imagens de menores (sempre meninos) nus, mantendo relações sexuais com adultos e se relacionando entre eles. “Descobrimos que eles não só tinham imagens das crianças, como em alguns casos chegaram a manter relações com os garotos”, contou o delegado titular do Cope, Amarildo José Antunes.

Entre os absurdos cometidos pela dupla, Antunes destacou o fato de um deles ter abusado de uma garoto que é seu parente. “Eles chegaram a obter material pornográfico de um menino de 5 anos e mantiveram relações com dois irmãos gêmeos. Após isso, obrigaram os dois irmãos a manterem relações entre si”, contou horrorizado o delegado.

Antunes salientou que desde que a dupla foi presa já foram identificadas nove vítimas. “O Atanásio é soropositivo, o que mais assusta aos pais das crianças que descobriram que seus filhos foram abusados ou correram esse risco ao se aproximarem da dupla”, afirmou.

Redes sociais

O Cope prendeu a dupla graças a ação do pai de um garoto de 12 anos, que descobriu que seu filho estava sendo assediado. “Ele descobriu que o filho estava tendo conversas estranhas pelo Facebook. Entrou no meio da conversa, inibiu o pedófilo, mas em seguida ele voltou a procurar o garoto. Então o pai veio até o Cope e nós conseguimos prender os dois”, afirmou o delegado.

Antunes explicou que a dupla sempre utilizava as rede sociais para chegar até os garotos. Eles faziam perfis falsos como se fossem crianças e pediam para que a vítima ficasse nu e se masturbasse em frente à webcam. “Para aqueles que não tinham webcam eles disponibilizavam câmeras fotográficas. Foi numa dessas ações que nós os prendemos”, contou.

A dupla costumava também participar de grupos de escoteiros e religiosos envolvendo crianças, para poder se aproximar das vítimas.

O delegado salientou que a dupla não se contentava apenas em fotografar e filmar os meninos. “Eles chegavam a manter relações sexuais com eles. Há casos em que eles mantiveram relações com o menino dentro da casa dele, quando os pais saíam de casa”, contou o delegado, afirmando que a casa de uma Organização Não-governamental (ONG) em Rio Branco do Sul e uma chácara, na mesma cidade da Grande Curitiba, também chegaram a ser usadas como palcos das barbáries.

Antunes explicou que a dupla oferecia entre R$ 5 e R$ 10 para que os meninos gravassem os vídeos.

Orientações

O delegado disse que os pais devem tomar alguns cuidados como sempre deixar o computador na sala e não no quarto da criança, evitar que aquela criança que tem computador no quarto tenha câmera e não deixar que criança publique imagens ou informações pessoais suas nas redes sociais. “O pai tem que ficar atento com aquele garoto que minimiza a tela da internet quando um adulto se aproxima. Mudanças de comportamento também são notadas, por isso é importante que os pais saibam falar com os filhos, não há tecnologia que substitua a relação de confiança, afeto e diálogo entre pais e filhos”, disse.

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