terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Operadoras de telefonia móvel: lucro e descaso com a população



AGB com Ponto Crítico
O ano de 2012 foi conturbado para as empresas de telecomunicações. Em junho, a Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações - suspendeu as vendas de linhas de telefone celular e de pacotes de internet das empresas Tim, Oi e Claro. Para as operadoras, a decisão foi arbitrária. A empresa TIM recorreu da decisão com liminar à justiça, mas teve o pedido negado. A empresa argumentou que a medida da Anatel era desproporcional e afetaria a competição no setor de telecomunicações no país.

Segundo o levantamento do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec),  do Ministério da Justiça, que consolida dados de 24 Procons estaduais e mais 146 Procons municipais, as operadoras de telefonia celular foram às campeãs brasileiras de reclamações no primeiro semestre do ano.

Entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2012, foram registradas pelo sistema 861.218 demandas. Dessas, 78.604 (9,13%) foram relativas às operadoras. O número supera o volume de reclamações contra operadoras de cartão de crédito, bancos e telefonia fixa, entre outros setores também citados em reclamações do consumidor.

Para voltar com as vendas, as operadoras tiveram que apresentar à Anatel um planejamento detalhado sobre investimentos, aquisição de equipamentos, instalação de infraesturura e melhoria no atendimento ao usuário (call center). No final de junho, as empresas começaram a entregar seus planos de reestruturação para a Anatel e tiveram suas vendas liberadas.

Em agosto, no programa 3 a 1, da TV Brasil, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, falou sobre a má qualidade do serviço de telefonia móvel  e reconheceu que a infraestrutura de comunicação no país não acompanha o mesmo ritmo de crescimento da demanda dos consumidores, mas mesmo tendo tal consciência o ministério das comunicações não age de acordo com seu dever, o de defender e proteger o interesse público. Paulo Bernardo até parece tentar mudar a situação, mas as empresas estão sempre em vantagem e não mudam absolutamente nada no atendimento.

Fiz um teste por alguns dia com as operadoras TIM e VIVO, as duas foram péssimas no quesito atendimento ao consumidor, se é para vender o serviço o atendimento é de primeira, mas quando o assunto é reclamação... as coisas mudam drasticamente e de ótimo o atendimento passa a ser péssimo. Em relação ao uso das linhas as duas estão agindo da mesma forma, levam-se minutos para conseguir efetuar uma ligação, quando se consegue a linha “cai” sem explicação. Fiz um teste ainda e contratei o serviço de internet da operadora VIVO, isso há dois meses, para contratar o serviço que é debitado direto na minha conta foi muito rápido, fiz isso por SMS (serviço nota 10), mas a internet ainda não funciona no meu aparelho, um LG P-698 com sistema Android. Em contato com a operadora VIVO para tentar resolver o problema, já que estou pagando pelo serviço há dois meses, fico na “linha” com o atendente por intermináveis minutos e nada de resolver o meu problema. A solução pelo visto é entrar com uma ação judicial por perdas e danos, já que o atendimento não resolve algo tão simples.


Um comentário:

Unknown disse...

Meu caro, adorei sua matéria sobre “Operadoras de telefonia móvel: lucro e descaso com a população”
Quero informá-lo que estou citando sua matéria no meu trabalho que será apresentado a Escola de Administração Fazendária - ESAF, no curso Disseminadores da Educação Fiscal, e claro, estou citando a fonte.
Abraços: Marcos Roberto de Oliveira chefia.hro@gmail.com