sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Presos iniciam greve de fome em Palmas


Por Ivan Cezar Fochzato, via portal RBJ com Ponto Crítico

Laranja podre acompanha a refeição
Detentos da carceragem da Delegacia de Polícia de Palmas, região Centro-Sul Paranaense, a 380 Km de Curitiba, anunciaram hoje (10) o início de uma greve de fome, tendo como motivação, a alimentação que recebem. Uma carta foi enviada ao departamento de jornalismo da Rádio Club, onde 25 detentos das celas 01 e 05, sendo 09 mulheres, destacam:

“Estamos recebendo comida que talvez nem animais comem e achamos isso uma humilhação. Não é por que estão presos que merecem ser tratados assim”. 

Na carta solicitam que a mensagem do início da greve de fome seja divulgada e pedem que lhes seja oferecida alimentação digna.

O Conselho da Comunidade deverá se manifestar ainda na manhã de hoje(10) a respeito da iniciativa de parte dos detentos da DP local. O setor de carceragem tomou conhecimento sobre a greve de fome dos presos, a partir da carta divulgada no Programa Dinâmica 1050 da Rádio Clube.

QUENTINHAS

Há alguns dias foi constatado que a comida que estava sendo servida estava sem condições de consumo, muitas vezes azeda. Reunião envolvendo Conselho da Comunidade, Poder Judiciário, Ministério Público e proprietário do restaurante de Guarapuava, que fornece a alimentação estiveram reunidos para resolver a situação. Ficou acordado que o restaurante estaria enviando a alimentação mais próxima do horário de ser consumida e em embalagens adequadas para que as quentinhas estivessem em boa qualidade.


Não é porque o cidadão está preso que mereça ser tratado como um animal. Sou favorável, por exemplo, que um preso trabalhe durante 8 horas do dia e estude pelo menos mais três horas, faça algum curso técnico ou profissionalizante. Ficar sem fazer nada dentro de uma cela imunda e fétida durante todo o dia e a noite, não tem poder algum de recuperar ou de entregar a sociedade um cidadão que possa contribuir com algo bom. Entendo que quanto pior for o tratamento recebido dentro destas instituições, pior será o retorno deste cidadão ao convívio social.

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