Ninguém fala sobre outra coisa na Escola Estadual Alcyone Moraes De Castro Vellozo, na Cidade Industrial de Curitiba. Alunos e o corpo docente estão alvoroçados com a descoberta de que o professor de História – afastado para tratamento médico – está na Rússia para acompanhar os jogos da Copa do Mundo 2018. Norberto Pilon é professor da rede pública de ensino há 22 anos e foi afastado por dois meses por que pediu licença médica. A Secretaria de Educação do Estado confirma o atestado médico do professor, mas garante que as informações de saúde são sigilosas.

“Acho injusto porque o pessoal está lá, mesmo com Copa, estudando, trabalhando o dia todo, correndo atrás das coisas, tendo aula, e o professor pega um atestado para ir para a Copa. Mesmo com Copa, ele tinha que cumprir o horário dele, é injusto até com outros professores e ele lá tranquilão pelo Facebook”, disse o aluno, que pediu para não ser identificado com medo de represália.
Na página pessoal do professor afastado não há fotos postadas por ele na Rússia. O diário de bordo das fotos acontece em um grupo público criado por um amigo do professor, que faz as marcações das fotos. “Ele não posta nada, só o amigo marcando ele. Depois que a gente viu que ele estava lá, fomos perguntar para o diretor e todos disseram que ele estava de atestado, mas ninguém disse a doença”, finalizou o aluno.
Em um grupo de alunos criado por meio do WhatsApp, os alunos questionaram a postura do professor. “Isso é ser desonesto. Como que ele fala em corrupção para a gente na sala de aula?”, diz um dos estudantes.

Resposta
Para a Banda B, a Secretaria de Educação do Estado confirmou que o servidor público está de licença médica e que pode fazer o que quiser durante esse afastamento. “O professor está em licença médica entre os dias 4/05 e 02/07 e as questões médicas são sigilosas, não podendo ser informadas as razões do afastamento. De acordo com a lei 6174/70 (estatuto do servidor público), o funcionário pode fazer o que quiser no período de licença, com exceção de exercer atividade remuneratória”, finaliza a nota da assessoria de comunicação do Estado do Paraná.
Fonte: Banda B