Lotado
na Casa Civil, o petista Eduardo Gaievski é investigado por estupro de menores
A Justiça de Realeza, no
Paraná, decretou hoje a prisão preventiva do assessor especial da Casa Civil da
Presidência da República Eduardo André Gaievski. Ex-prefeito de Realeza, no
Paraná, ele é investigado por estupro de vulneráveis. Um inquérito que tramita
em segredo no fórum da cidade reuniu depoimentos de supostas vítimas. Segundo
os relatos, o então prefeito oferecia dinheiro a meninas pobres em troca de
sexo.
“Eu tinha 13 anos de idade e
o prefeito foi me buscar no colégio para levar para o motel”, diz J. S., uma
das vítimas, que hoje está com 17 anos. O prefeito, segundo os relatos,
aliciava as garotas usando mulheres mais velhas para convencê-las a manter
relações com ele.
“A gente era ameaçada para
não contar nada a ninguém”, diz A.F., que tinha 14 anos quando foi levada ao
motel Jet’aime pelo prefeito três vezes, recebendo entre 150 e 200 reais cada
uma delas.
P.B., outra suposta vítima,
contou que saiu com o prefeito três vezes em troca de um emprego na prefeitura.
“Hoje tenho depressão e vivo a base de remédios”, conta a moça, que está com 22
anos. “Quando ele enjoou de mim, fui demitida.”
Eduardo Gaievski foi
prefeito por dois mandatos, entre 2005 e 2012. Em janeiro, a convite da
ministra Gleisi Hoffmann, ele assumiu o cargo de assessor especial do
ministério, encarregado de coordenar programas sociais importantes, como o de
combate ao crack e o de construção de creches. Seu gabinete fica no quarto
andar do Palácio do Planalto.
O assessor nega todas as
acusações. Segundo ele, as denúncias foram armadas por adversários políticos
que teriam interesse em prejudicar a ministra Gleisi. “Nego tudo isso e sei que
vou provar minha inocência”, disse ele. Gaievski alega que o processo é
retaliação de integrantes do Ministério Público do Paraná que teriam sido
denunciados por ele quando era prefeito de Realeza.
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