AGB com Ponto Crítico
O ano de 2012 foi conturbado
para as empresas de telecomunicações. Em junho, a Anatel – Agência Nacional de
Telecomunicações - suspendeu as vendas de linhas de telefone celular e de
pacotes de internet das empresas Tim, Oi e Claro. Para as operadoras, a decisão
foi arbitrária. A empresa TIM recorreu da decisão com liminar à justiça, mas
teve o pedido negado. A empresa argumentou que a medida da Anatel era
desproporcional e afetaria a competição no setor de telecomunicações no país.
Segundo o levantamento do
Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), do
Ministério da Justiça, que consolida dados de 24 Procons estaduais e mais 146
Procons municipais, as operadoras de telefonia celular foram às campeãs
brasileiras de reclamações no primeiro semestre do ano.
Entre 1º de janeiro e 30 de
junho de 2012, foram registradas pelo sistema 861.218 demandas. Dessas, 78.604
(9,13%) foram relativas às operadoras. O número supera o volume de reclamações
contra operadoras de cartão de crédito, bancos e telefonia fixa, entre outros
setores também citados em reclamações do consumidor.
Para voltar com as vendas,
as operadoras tiveram que apresentar à Anatel um planejamento detalhado sobre
investimentos, aquisição de equipamentos, instalação de infraesturura e
melhoria no atendimento ao usuário (call center). No final de junho, as empresas
começaram a entregar seus planos de reestruturação para a Anatel e tiveram suas
vendas liberadas.
Em agosto, no programa 3 a
1, da TV Brasil, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, falou sobre a má
qualidade do serviço de telefonia móvel e reconheceu que a infraestrutura
de comunicação no país não acompanha o mesmo ritmo de crescimento da demanda
dos consumidores, mas mesmo tendo tal consciência o ministério das comunicações
não age de acordo com seu dever, o de defender e proteger o interesse público.
Paulo Bernardo até parece tentar mudar a situação, mas as empresas estão sempre
em vantagem e não mudam absolutamente nada no atendimento.
Fiz um teste por alguns dia
com as operadoras TIM e VIVO, as duas foram péssimas no quesito atendimento ao
consumidor, se é para vender o serviço o atendimento é de primeira, mas quando
o assunto é reclamação... as coisas mudam drasticamente e de ótimo o
atendimento passa a ser péssimo. Em relação ao uso das linhas as duas estão
agindo da mesma forma, levam-se minutos para conseguir efetuar uma ligação,
quando se consegue a linha “cai” sem explicação. Fiz um teste ainda e contratei
o serviço de internet da operadora VIVO, isso há dois meses, para contratar o
serviço que é debitado direto na minha conta foi muito rápido, fiz isso por SMS
(serviço nota 10), mas a internet ainda não funciona no meu aparelho, um LG
P-698 com sistema Android. Em contato com a operadora VIVO para tentar resolver
o problema, já que estou pagando pelo serviço há dois meses, fico na “linha”
com o atendente por intermináveis minutos e nada de resolver o meu problema. A
solução pelo visto é entrar com uma ação judicial por perdas e danos, já que o
atendimento não resolve algo tão simples.
Um comentário:
Meu caro, adorei sua matéria sobre “Operadoras de telefonia móvel: lucro e descaso com a população”
Quero informá-lo que estou citando sua matéria no meu trabalho que será apresentado a Escola de Administração Fazendária - ESAF, no curso Disseminadores da Educação Fiscal, e claro, estou citando a fonte.
Abraços: Marcos Roberto de Oliveira chefia.hro@gmail.com
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