Delegado explicou que a dupla oferecia entre R$ 5 e R$ 10 para que os meninos gravassem os vídeos. |
Estes são os dois pedófilos
presos pelo COPE, da Polícia Civil: Edson Mariano Atanásio, 29 anos, e
Waldomiro Rodrigues da Silva, 36 anos. Um deles é soropositivo. Com eles foram
apreendidas 32 mil imagens de menores (sempre meninos) nus, mantendo relações
sexuais com adultos e se relacionando entre eles. “Descobrimos que eles não só
tinham imagens das crianças, como em alguns casos chegaram a manter relações
com os garotos”, contou o delegado titular do Cope, Amarildo José Antunes.
Entre
os absurdos cometidos pela dupla, Antunes destacou o fato de um deles ter
abusado de uma garoto que é seu parente. “Eles chegaram a obter material
pornográfico de um menino de 5 anos e mantiveram relações com dois irmãos
gêmeos. Após isso, obrigaram os dois irmãos a manterem relações entre si”,
contou horrorizado o delegado.
Antunes salientou que desde
que a dupla foi presa já foram identificadas nove vítimas. “O Atanásio é
soropositivo, o que mais assusta aos pais das crianças que descobriram que seus
filhos foram abusados ou correram esse risco ao se aproximarem da dupla”,
afirmou.
Redes
sociais
O Cope prendeu a dupla
graças a ação do pai de um garoto de 12 anos, que descobriu que seu filho
estava sendo assediado. “Ele descobriu que o filho estava tendo conversas
estranhas pelo Facebook. Entrou no meio da conversa, inibiu o pedófilo, mas em
seguida ele voltou a procurar o garoto. Então o pai veio até o Cope e nós
conseguimos prender os dois”, afirmou o delegado.
Antunes explicou que a dupla
sempre utilizava as rede sociais para chegar até os garotos. Eles faziam perfis
falsos como se fossem crianças e pediam para que a vítima ficasse nu e se
masturbasse em frente à webcam. “Para aqueles que não tinham webcam eles
disponibilizavam câmeras fotográficas. Foi numa dessas ações que nós os
prendemos”, contou.
A dupla costumava também
participar de grupos de escoteiros e religiosos envolvendo crianças, para poder
se aproximar das vítimas.
O delegado salientou que a
dupla não se contentava apenas em fotografar e filmar os meninos. “Eles
chegavam a manter relações sexuais com eles. Há casos em que eles mantiveram
relações com o menino dentro da casa dele, quando os pais saíam de casa”,
contou o delegado, afirmando que a casa de uma Organização Não-governamental
(ONG) em Rio Branco do Sul e uma chácara, na mesma cidade da Grande Curitiba,
também chegaram a ser usadas como palcos das barbáries.
Antunes explicou que a dupla
oferecia entre R$ 5 e R$ 10 para que os meninos gravassem os vídeos.
Orientações
O delegado disse que os pais
devem tomar alguns cuidados como sempre deixar o computador na sala e não no
quarto da criança, evitar que aquela criança que tem computador no quarto tenha
câmera e não deixar que criança publique imagens ou informações pessoais suas
nas redes sociais. “O pai tem que ficar atento com aquele garoto que minimiza a
tela da internet quando um adulto se aproxima. Mudanças de comportamento também
são notadas, por isso é importante que os pais saibam falar com os filhos, não
há tecnologia que substitua a relação de confiança, afeto e diálogo entre pais
e filhos”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário