Do José
Lazaro Jr. com Ponto Crítico
Surpresa
poderá vir de novos nomes da política paranaense, entre eles dois sudoestinos, Edson Casagrande e Guto Silva.
Beto Richa (PSDB) Governador do Estado do Paraná, Edson Casagrande (DEM) Secretário de Estado de Assuntos Estratégicos e Guto Silva (PSD) Subchefe da Casa Civil |
As
eleições majoritárias têm movimentado a política, mas quem não vai
disputar o governo do Paraná, o Senado ou a Presidência da República,
também está ocupado articulando as proporcionais (Assembleia Legislativa
do Paraná e Câmara Federal).
Na
eleição de 2010, duas grandes coligações disputaram o pleito, concentrando
70% dos votos válidos. Os outros 30% sobraram para duas coligações
menores, três chapas puras e cinco siglas pequenas, abaixo do 1% da
intenção geral de voto. O grupo que se saiu melhor em 2010 tinha PMDB,
PT, PDT, PR e PCdoB. Esses partidos tiveram juntos mais de 2 milhões
de votos (40%), mas depois do pleito cada sigla tomou um rumo diferente,
especialmente no Paraná, onde o PMDB aderiu ‘‘de mala e cuia’’ à gestão
tucana. PSDB, DEM, PP, PPS e PRB estavam na outra coligação, que fez
30% dos votos válidos. Na época, PSC e PSB saíram sozinhos, mas para
2014 tentarão uma política de alianças. Ratinho Júnior pode desfalcar
o PSC se for mesmo colocado na vice de Beto Richa (PSDB).
A
surpresa virá de alguns ‘‘puxadores de votos’’ interessados em adotar
táticas conservadoras. É o caso do Partido Progressista, por exemplo,
cuja opção é lançar Ricardo Barros para deputado federal e Cida
Borghetti para estadual. A dobradinha foi realizada em 2002 e 2006,
quando Cida obteve mais de 60 mil votos para a AL e Barros foi eleito
federal. Em 2010, quando ele disputou o Senado ao lado de Beto, Cida
juntou o capital eleitoral de ambos e ganhou uma cadeira em Brasília,
com 147 mil votos. ‘‘Não está fechado, mas é a tendência’’, dise Cida para
a FOLHA.
O
PSDB aposta numa chapa ‘‘vitaminada’’ de federais, com o retorno de
Francischini (PEN) e a adesão de Edson Casagrande (DEM), hoje secretário
de Estado de Assuntos Estratégicos. Valdir Rossoni deseja trocar
a AL pela Câmara Federal, mas vai decidir só na última hora. Antes quer
saber se a carona de Beto Richa vai garantir os votos necessários.
Um
fator que pode impedir isso é a lotação dessa garupa, já que para garantir
o apoio na majoritária, onde coligações significam minutos na tevê,
o PSDB deverá ceder a algumas siglas na proporcional. A primeira da
fila é o PSD do deputado federal Eduardo Sciarra e do subchefe da Casa Civil
Guto Silva, Sciarra deve repetir a eleição anterior e sair a federal, já Guto
Silva vem para estadual e é uma das grandes promessas da nova política
paranaense, e vale lembrar que o partido é detentor de 36 prefeituras,
entre elas Londrina.
O
PMDB também quer coligar com os tucanos na proporcional, mas a ideia
assusta os estaduais do PSDB. Os peemedebistas prometem lançar candidatos
os ex-prefeitos da sigla. Em 2008, o partido tinha 138 prefeituras, reduzidas
para 56 ano passado. Só nessa diferença há 82 potenciais candidatos,
o que intimida os ‘‘aliados’’. Na chapa de federais do PMDB deve estar
o senador Sérgio Souza (suplente da petista Gleisi Hoffmann), enquanto
a candidatura de Odílio Balbinotti (Maringá) depende de confirmação.
Também é uma dúvida qual destino Marcel Micheletto, filho de Moacir,
político do PMDB falecido ano passado, dará ao capital político
do pai (121 mil votos em 2010 para a Câmara Federal). Marcel hoje é prefeito
de Assis Chateaubriand. Ainda nos bastidores, tem gente dentro do PMDB
especulando que Orlando Pessuti seria candidato a deputado estadual,
caso não consiga viabilizar a majoritária.
No
PT, a novidade ficará pelo grupo mais ‘‘à esquerda’’ da sigla, conhecido
como Democracia Socialista (DS). Expoente da DS no Paraná, existe a
chance do Dr. Rosinha (PT) disputar a primeira eleição aberta do ParlaSul.
‘‘Depende da aprovação do Congresso, mas há grandes chances do projeto
que regulamenta a eleição ser aprovado até o final do ano. Se isso não
acontecer, o Brasil perderia a representação no parlamento’’, exlica
Rosinha. A opção é Marlei Fernandes, presidente da APP-Sindicato, pois
o Professor Lemos vai para a reeleição na AL. A votação para o ParlaSul
seria realizada junto com as demais em 2014.
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