Com informações Folha de Londrina
Pelo
menos em Londrina, norte do Paraná, o motivo para a mobilização de parte da
população não se resume aos jogos da seleção brasileira de futebol ou ao
Carnaval. O motivo de indignação refere-se aos casos de corrupção
envolvendo figuras políticas bastante conhecidas por aquelas bandas.
Para
tanto, o Movimento Popular Contra a Corrupção – Por amor a Londrina
iniciou ontem um abaixo-assinado que será entregue à Comissão Processante da
Câmara Municipal, aberta para apurar suposto ato de improbidade administrativa
praticado pelo prefeito Barbosa Neto, do PDT. ”Queremos
a apuração da verdade. Sabe-se que há corrupção em Londrina, tomamos ciência
das irregularidades através do Gaeco, inclusive envolvendo grandes empresários.
A atual administração está quebrando recordes de alvos de corrupção. Somente
uma imprensa atuante, o Ministério Público – na figura do Gaeco e a mobilização
da sociedade civil podem estabilizar a situação”, explicou Auber Silva Pereira,
um dos membros do grupo.
As
assinaturas serão recolhidas até o início de agosto. A partir desta semana o
abaixo-assinado on-line estará disponível no site do Movimento: www.poramoralondrina.com.br .
Enquanto isso na “Sala de Justiça”... Depoimento
de Barbosa Neto gera expectativa
O
prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), vai depor na quarta-feira na Comissão
Processante (CP) da Centronic – aberta na Câmara de Vereadores para investigar
suposto ato de improbidade administrativa -, mas não deve acrescentar muito à
investigação.
Em
entrevista coletiva na última sexta-feira, o prefeito voltou a negar as
acusações de que teria usado dois vigias da Centronic, pagos pelo contrato da
empresa com a Prefeitura, para trabalharem na rádio de sua família. Além do
prefeito, outras quatro pessoas devem ser ouvidas pelos vereadores. ”Cada dia que passa está mais claro que não tivemos
nenhum tipo de erro em relação à Centronic. Esse contrato foi feito em 2006,
rompemos esse contrato, cancelamos o contrato com a prefeitura”, ressaltou
Barbosa. O contrato da empresa de segurança foi assinado na gestão do
ex-prefeito Nedson Micheletti (PT).
A
CP investiga denúncias de que no holerite dos vigias que trabalharam na rádio
da família do prefeito, a Brasil Sul, estava escrito como fonte pagadora à
Centronic pelo contrato da Prefeitura de Londrina, o que pode caracterizar infração
político-administrativa por parte do prefeito.
”Os
erros foram feitos pela própria empresa, porque não era só a rádio que tinha no
holerite os funcionários com o nome sendo pagos pela Prefeitura. Isso foi uma
questão administrativa, e talvez feita até pela empresa para tentar burlar e
comprovar um número de funcionários que na verdade eles não tinham condição de
arcar.” Segundo foi investigado pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) da
Centronic, isso era feito pela empresa para tentar justificar o valor do
contrato com a administração.
Os
integrantes da CP pediram judicialmente documentos da Caixa Econônica Federal,
Receita Federal e Ministério do Trabalho para confirmar fonte pagadora dos
vigias e quem efetivamente recolhia o FGTS nos salários – se a Rádio Brasil Sul
ou a Centronic. O pedido teve que ser feito por meio da Justiça por se tratar
de documentos sigilosos.
A
CP tem até 4 de agosto para concluir os trabalhos. No relatório final, deve ser
indicado ou a cassação do mandato do pedetista ou o arquivamento do caso. ”O
relatório deve ser favorável”, concluiu o prefeito.
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