A Polícia Federal (PF) informou, em nota, que a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo
(PT-PR), e mais três pessoas cometeram crime de corrupção passiva qualificada e
lavagem de dinheiro qualificada após concluirem um inquérito no Supremo
Tribunal Federal instaurado para apurar crimes praticados na campanha eleitoral
para o Senado em 2014. Gleisi, Paulo Bernardo e mais duas pessoas também são
acusadas de crime eleitoral.
Na foto a Senadora Gleisi Hoffmann com seus aliados políticos André Vargas, Enio Verri, Lula, Zeca Dirceu e Osmar Dias |
A nota foi divulgada ontem (7) no site da Polícia
Federal. “Em fevereiro 2016, a PF apreendeu documentos na residência de uma
secretária do setor de operações estruturadas da construtora Odebrecht. Entre
eles, planilhas relatando dois pagamentos de R$ 500 mil cada a uma pessoa de
codinome 'Coxa', além de um número de celular e um endereço de entrega”, diz a
nota.
Segundo a nota, a investigação identificou que a
linha telefônica estava no nome de um dos sócios de uma empresa que prestou
serviços de propaganda e marketing na última campanha da senadora Gleisi
Hoffmann. “A PF verificou outros seis pagamentos no mesmo valor, além de um
pagamento de R$ 150 mil em 2008 e duas parcelas de R$ 150 mil em 2010. Também
foram identificados os locais onde os pagamentos foram realizados e as pessoas
responsáveis pelo transporte de valores.” As tabelas foram apresentadas pela
Odebrecht quando foi firmado o primeiro acordo de delação premiada da
construtora.
A Polícia Federal concluiu que, pela investigação,
há elementos suficientes para “apontar a materialidade e autoria dos crimes de
corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro praticados pela senadora,
seu então chefe de gabinete, Leones Dall Agnol, e seu marido, Paulo Bernardo da
Silva, além dos intermediários no recebimento, Bruno Martins Gonçalves Ferreira
e Oliveiros Domingos Marques Neto. Os autos também comprovam que a parlamentar
e seu marido, juntamente com Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Valter Luiz
Arruda Lana, foram responsáveis pelo cometimento de crime eleitoral”.
Em nota, a assessoria da senadora afirma que
"a defesa entende que não há elementos nos autos que autorizem a conclusão
alcançada pela Polícia Federal. Não foi praticada qualquer irregularidade pela
senadora".
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