Assessoria
A
Câmara Municipal de Mariópolis viveu um momento atípico em seu cotidiano na
noite de terça-feira, dia 8 de outubro. Com faixas e cartazes, dezenas de
manifestantes ocuparam as dependências do legislativo para protestar contra a
alteração do projeto de lei que cria o Parque Industrial de Mariópolis. O
projeto original permite que o local onde o Parque Industrial será construído
abrigue uma zona mista de negócios, ou seja, compreende a instalação de
empresas de tecnologia da informação, do setor moveleiro, transportes,
logística, costura, além de segmentos da indústria da transformação. Com esta
configuração o Parque Industrial se torna viável do ponto de vista econômico,
já que tem condições de prospectar empresas para se instalar no município. No
entanto, com a alteração o Parque fica limitado a receber apenas indústrias,
não definindo sequer o perfil dessas.
No
entanto, na sessão do legislativo da última segunda-feira, dia 7, vereadores
que compõem a bancada de oposição a administração municipal pediram alteração
do projeto. Segundo eles, o Parque tem que ser exclusivamente industrial. Houve
discussão entre as bancadas de oposição e governo e a votação para alterar o
projeto terminou empatada; quatro votos para mudar e quatro votos para manter o
texto em seu formato original. O desempate veio pelas mãos do presidente da
Câmara Municipal, vereador Pedro Vieira (o Stof), votou a favor da alteração do
projeto desempatando o certame.
Na
segunda votação, marcada para a noite de terça-feira, dia 8, os
vereadores foram surpreendidos com a presença de dezenas de manifestantes que
pediam a derrubada das alterações do projeto. Segundo os manifestantes, a
maioria empresários e jovens estudantes, o projeto original abre um leque de
oportunidades para a economia do município, enquanto a alteração restringe a
atividade do parque e impede que empresários locais, por exemplo, possam
ampliar ou implantar novos negócios na região.
A
sessão transcorreu sem problemas durante todo o tempo, no entanto, o presidente
Pedro Vieira, suspendeu os trabalhos no momento em que a votação seria
realizada alegando falta de segurança na plenária. A população, perplexa,
deixou o local sem entender os motivos da suspensão da sessão. “O povo veio
reivindicar seus direitos, todos de forma pacífica, sentados, simplesmente com
os cartazes nas mãos, sem motivo. Tudo está filmado, não houve problema algum,
e eles simplesmente encerraram a sessão, chamaram a polícia, enfim, ninguém
entendeu nada, mas acredito que o medo deles seja de que o povo coloca a gente
lá e o povo tira”, explicou a vereadora Solange Bellan.
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