Por
Guto Silva*
*Guto Silva é sub-chefe da Casa Civil do Estado |
Naturalmente
isolada pelo Rio Iguaçu e há muito tempo sem investimentos de escoamento da
produção, nossa região deixa de contribuir com a magnitude do Paraná como um
dos celeiros do País. Muito de nossa produção segue diretamente para Santa
Catarina e é escoada pelos portos do Estado vizinho. Precisariamos de obras de
rodovias e ferrovias cruzando a região para criar um eixo integrado de ligação
entre todas as regiões estaduais.
Porém, uma oportunidade recente para o desenvolvimento do sudoeste pôde não se concretizar. O programa de construção de rodovias e ferrovias do governo federal anunciado pela presidente Dilma Rousseff não vai contemplar o Paraná. Batizado de PAC das Concessões, o programa pretende duplicar 7,5 mil quilômetros de rodovias e construir de 10 mil quilômetros de ferrovias pelo país, em um investimento de R$ 133 bilhões.
Porém, uma oportunidade recente para o desenvolvimento do sudoeste pôde não se concretizar. O programa de construção de rodovias e ferrovias do governo federal anunciado pela presidente Dilma Rousseff não vai contemplar o Paraná. Batizado de PAC das Concessões, o programa pretende duplicar 7,5 mil quilômetros de rodovias e construir de 10 mil quilômetros de ferrovias pelo país, em um investimento de R$ 133 bilhões.
No
projeto apresentado, nenhum centavo está previsto para o Paraná realizar
reparos e melhorias em suas rodovias e ferrovias, como se o Estado simplesmente
não tivesse a necessidade de investimentos em infraestrutura e logística.
Temos, no entanto, a quinta maior economia do País, um Produto Interno Bruto
(PIB) de 251 bilhões em 2011, sendo o terceiro maior exportador do agronegócio
no Brasil. Além disso, somos responsáveis por 14% das exportações brasileiras e
de 18% da exportação de grãos. Somos gigantes, um dos pilares econômicos do
País. Dentro desse cenário, o sudoeste tem uma responsabilidade enorme na
colaboração da produção paranaense. Uma ferrovia cruzando a região criaria um
eixo integrador com as demais áreas do Estado.
O
projeto, como apresentado pelo governo federal, exclui toda nossa força
produtora, prejudicando de um modo geral a população do sudoeste. Como ignorar,
por exemplo, a existência da Ferroeste e a capacidade do Porto de Paranaguá e
propor a construção de uma ferrovia paralela? O sudoeste não pode simplesmente
ficar de fora, sem recursos previstos. Além de trechos ferroviários, precisamos
de recursos para a duplicação da BR-476, entre a Lapa e União da Vitória.
Atualmente, esta é uma rodovia com tráfego excessivo de veículos, resultando em
muitos acidentes.
Por
isso defendemos, ao lado do governador Beto Richa e dos produtores paranaenses,
a construção de um ramal da ferrovia Norte-Sul, contemplando nossa região e
chegando até a divisa com Santa Catarina. Estamos lutando junto ao governo
federal para a inclusão do sudoeste no pacote do PAC das Concessões. Não
podemos permitir que os produtores paranaenses sejam prejudicados pelo projeto
como apresentado. Esperamos que haja uma reavaliação do governo federal para
colocarmos o sudoeste nos trilhos.
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