terça-feira, 27 de agosto de 2013

Médicos cubanos fogem da Venezuela para os EUA



Qualquer semelhança é mera coincidência?

Cerca de 500 médicos cubanos já aproveitaram o acordo de cooperação que prevê que eles trabalhem na Venezuela para fugir para os EUA. A informação foi divulgada por fontes do exílio cubano em Miami, que inclui os próprios médicos desertores. Eles relatam que para sair da Venezuela, precisam pagar de US$ 300 a US$ 2 mil a funcionários do aeroporto. 

O último caso de deserção desse tipo ocorreu na quarta-feira, quando sete jovens doutores deixaram o aeroporto de Maiquetía, em Caracas, depois de ser retidos por várias horas e subornar agentes venezuelanos. "Os funcionários em Maiquetía submetem a uma forte pressão psicológica os médicos que querem sair do país até que finalmente eles aceitam pagar um suborno", explicou em Miami o médico cubano Keiler Moreno, de 27 anos, que fugiu de Caracas há cinco meses. 

Moreno é colega dos sete recém-chegados e os ajudou a deixar a Venezuela. Na quarta-feira, ele esperou os amigos no aeroporto de Miami para auxiliá-los com os trâmites nos Serviços de Imigração e Alfândega. "Somos da mesma turma que se formou em medicina em 2007", afirmou. Associações católicas e ONGs também prestaram assistência ao grupo. 

Segundo o exílio cubano, 2 mil profissionais da área de saúde já desertaram desde 2006. Os 500 médicos que chegaram da Venezuela, representam, portanto, um quarto do total. Só no último ano, foram 200 os que embarcaram de Caracas para os EUA. "Para sair é preciso conseguir o visto na embaixada dos EUA em Caracas. Os funcionários venezuelanos não dão permissão de saída para os cubanos, mas tudo se resolve com suborno", diz Moreno. 

A Venezuela mantém com Cuba um programa de cooperação no qual Caracas exporta para a ilha petróleo subsidiado e esta lhe paga enviando milhares de médicos cubanos para trabalhar nas favelas venezuelanas. Esses médicos tocam o programa conhecido como "Barrio Adentro", um dos carros-chefes da política social do governo de Hugo Chávez.

Deputada exige respostas de Gleisi sobre o pedófilo da Casa Civil



A deputada Cantora Mara Lima, em duro pronunciamento nesta segunda-feira, 26, na tribuna da Assembleia, exigiu que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), venha a público esclarecer como contratou um assessor especial na Casa Civil que vem sendo investigado há três anos pelo Ministério Público por pedofilia

O assessor, Eduardo Gaievski (PT), ex-prefeito de Realeza, teve a prisão decretada na última sexta-feira (23), por “estupro de vulnerável”, ou seja, meninas menores de 14 anos. Gaievski, que coordenava os programas sociais de assistência a menores na Casa Civil e a articulação política de Gleisi com prefeitos do interior do Paraná, se encontra foragido.

A deputada Mara Lima, presidente da Comissão de Defesa da Mulher e vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, disse que Gleisi tem “obrigação” de vir a público se explicar, porque o assessor que contratou está “enlameando” o nome do Paraná em todos os jornais e televisões do país. 

“Nojo” – A deputada disse ter “nojo” desse tipo de criminoso, que ataca crianças e estranhou que Gleisi não tivesse informações sobre a ficha de seu funcionário, uma vez que as investigações já estendem por anos. Lembrou que a contratação de um assessor para atuar no Palácio do Planalto exige uma ampla averiguação da ficha pessoal, inclusive pela Abin – Agência Brasileira de Inteligência – e pelo Gabinete de Segurança Institucional.

“Será possível que a ministra soubesse do passado de seu assessor e mesmo assim o manteve no posto porque ele era útil politicamente?”, questionou Mara Lima. “A ministra Gleisi Hoffmann não pode deixar os paranaenses e brasileiros sem uma resposta”. A deputada leu um relato sobre os crimes atribuídos a Eduardo Gaievski, divulgados pela revista Veja e alguns dos principais jornais do país. 

O assessor de Gleisi é investigado pelo estupro de 23 meninas com idade entre 13 e 16 anos. Ele abusava delas oferecendo dinheiro e fazendo ameaças, no caso da criança ser filha de funcionários da prefeitura. Chegou a premiar algumas de suas vítimas com emprego na prefeitura de Realeza, cidade de 17 mil habitantes no Sudoeste do Paraná. “Eram todas meninas pobres e indefesas, que o prefeito buscava, muitas vezes, na porta da escola para levar para o motel”, destacou Mara Lima.

Atrás das grades – Para a deputada, Eduardo Gaievski deve ser capturado e tão logo seja estabelecida sua culpa, preso. “Ele deve apodrecer atrás das grades”, destacou. Estamos aguardando uma explicação pública da ministra Gleisi Hoffmann. “Ela deve uma resposta ao Paraná e ao país porque a responsabilidade de ter colocado alguém com essa ficha suja na Casa Civil é exclusivamente dela”, destacou Mara Lima.

Gaievski foi prefeito de Realeza (PR) de 2005 até 2012 e ao deixar o cargo, foi convidado em janeiro deste ano pela ministra para ser seu braço direito na Casa Civil e coordenar programas sociais ligados a menores: combate ao crack e construção de creches.

Segundo um dos depoimentos da Revista Veja, o prefeito na época, Eduardo Gaievski aliciava as garotas usando mulheres mais velhas para convencê-las a manter relações com ele o então prefeito oferecia dinheiro a meninas pobres em troca de sexo. Umas das vítimas contou: “Eu tinha 13 anos de idade e o prefeito foi me buscar no colégio para levar para o motel”, diz J. S., uma das vítimas, que hoje está com 17 anos.

Escândalo – “A gente era ameaçada para não contar nada a ninguém”, diz A.F., que tinha 14 anos quando foi levada ao motel Jet’aime pelo prefeito três vezes, recebendo entre 150 e 200 reais cada uma delas. P.B., outra suposta vítima, contou que saiu com o prefeito três vezes em troca de um emprego na prefeitura. “Hoje tenho depressão e vivo a base de remédios”, conta a moça, que está com 22 anos. “Quando ele enjoou de mim, fui demitida.” Todos esses relatos foram mostrados pela revista Veja, que também revelou que as meninas disseram ter sido ameaças caso denunciassem o prefeito na época.

O escândalo veio à tona na mídia e a Casa Civil da Presidência da República se apressou em divulgar nota oficial no sábado comunicando o afastamento do acusado de estupro de menores. Em nota, a Casa Civil informou que o funcionário ficará longe de suas funções até que sejam apuradas as acusações.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Polícia busca assessor de Gleisi em Brasília



Fábio Campana 
 
Neste momento, policiais paranaenses estão em Brasília para cumprir o mandado de prisão contra o assessor da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Eduardo André Gaievski (PT). Se ele não se apresentar nas próximas horas será considerado foragido pela Justiça que decretou sua prisão na última sexta-feira, 23. Gaievski, ex-prefeito de Realeza, é investigado por estupro de meninas menores de 14 anos. Gleisi já o afastou das suas funções na Casa Civil.

Gaievski responde por inquérito que tramita no fórum de Realeza. A investigação do Gaeco começou em 2009 e reuniu depoimentos de mais de 20 vítimas e segundo os relatos, o então prefeito oferecia dinheiro a meninas pobres em troca de sexo. A prisão de Gaievski foi pedida pelo Ministério Público e acatada pela Justiça devido às “ameaças do ex-prefeito às vítimas”, diz o advogado das famílias das menores molestadas, Natalício Farias. “E para que não haja mais interferência no curso do processo e das investigações”, completou.

Segundo ele, são mais de 20 vítimas, 30 fatos consecutivos e 17 crimes praticados. A Justiça também determinou a quebra de sigilo dos telefones do ex-prefeito. “São crimes que podem dar mais de 250 anos de cadeia”, adianta Farias. O mandado de prisão não foi cumprido porque Gaievski ainda não foi encontrado. Passadas 72 horas, ele será considerado foragido.

Beto Richa anunciou mais de R$ 75 milhões em investimentos para o sudoeste



Recursos serão destinados para habitação, transporte, estradas, asfalto, saúde, agricultura, educação, energia elétrica entre outras áreas 

Seis meses após anunciar um pacote de investimentos na ordem de R$ 100 milhões nos municípios do sudoeste do Paraná, o governador do estado, Beto Richa, retornou a região, nesta sexta-feira, 23, para anunciar um novo pacote, este com previsão de R$ 75 milhões em recursos para atender demandas de investimentos nos municípios de Pato Branco, Honório Serpa e Mariópolis, nas áreas de saúde, educação, agricultura, energia elétrica, captação e distribuição de água, transportes, infraestrutura e meio ambiente. 

Em Pato Branco, a previsão de recursos chega à casa dos R$ 58 milhões que servirão para investimentos nas áreas de meio ambiente, saneamento básico, distribuição de energia elétrica, habitação, obras de calçamento, recape asfáltico, educação, saúde, agricultura e transportes. “O que o governador anunciará amanhã será muito importante para o desenvolvimento social e econômico do nosso município, são grandes investimentos do governo do estado que buscamos lado a lado com o governador Beto Richa, para Pato Branco”, disse o prefeito Augustinho Zucchi. 

O subchefe da Casa Civil, Guto Silva, reforçou o compromisso do governador Beto Richa com o sudoeste. “É gratificante voltar à região com um novo pacote de investimentos em menos de um ano. O governador Beto Richa deu sua palavra e está fazendo um grande trabalho pelo nosso povo, pelas nossas famílias”, disse Guto.  O governador Beto Richa chega a Pato Branco na metade da tarde e faz os anúncios no Teatro Municipal de Pato Branco. 

R$ 12 milhões em Honório Serpa 

O governador Beto Richa também estará em Honório Serpa, município em que almoça com o prefeito Rogério Benin, e anuncia um pacote de R$ 12 milhões em recursos. Na lista de investimentos estão: construção de casas populares, saúde, educação, agricultura, distribuição de energia elétrica, calçamento, pavimentação asfáltica e abastecimento de água. O líder do governo na Assembléia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB) disse que a entrega dos recursos em Honório Serpa mostra a dedicação do governo Beto Richa com os pequenos municípios. “É uma prova de que o governo do estado está preocupado com o desenvolvimento dos pequenos municípios do estado, um governa que valoriza e prima pelo interior”, disse. 

Já o prefeito de Honório Serpa, Rogério Benin, disse que o município passa por uma transformação histórica. “Temos trabalhado muito para conduzir Honório Serpa no caminho do progresso, do desenvolvimento social e econômico e, graças a Deus, estamos conseguindo isso. O apoio do nosso governador Beto Richa está sendo muito importante para o povo de Honório Serpa, o Beto Richa nos recebe em Curitiba, atende os nossos pedidos, se preocupa em investir nos pequenos municípios e os resultados todo estão vendo. A parceria entre governo e município está funcionando muito bem”, comentou Benin. 

Mariópolis

No início da tarde, as14h, o governador Beto Richa desembarca em Mariópolis onde anuncia um pacote de recursos no valor de R$ 5 milhões. Richa anunciará obras no setor de habitação, agricultura, saneamento básico, transportes, estradas e infra-estrutura, além de recursos enviados pelo Plano de Atendimento aos Municípios, o PAM, do governo do Paraná.

De acordo com o prefeito Mário Paulek, que esteve em reunião com o governador no início desta semana, o governo do estado está reafirmando seu compromisso com o povo de Mariópolis confirmando investimentos históricos para o município. “É gratificante ser recebido pelo governador e ter notícias tão agradáveis como as que recebemos. Estamos muito agradecidos pela atenção incondicional que o governador está nos dando, pela dedicação e empenho em ajudar no desenvolvimento da nossa querida Mariópolis”, disse Paulek.

Segundo o prefeito, entre os recursos a serem anunciados, estão R$ 330 mil do PAM, R$ 450 mil para construção de novos trechos de calçamento, além de recursos para aquisição de calcário e óleo diesel para atendimento ao produtor rural. “Temos ainda o anuncio de obras na área do saneamento básico e abastecimento, habitação e a entrega de um novo Telecentro para o município”, disse Paulek.

sábado, 24 de agosto de 2013

Acusado de estupro, justiça decreta prisão preventiva de assessor de Gleisi Hoffmann



Lotado na Casa Civil, o petista Eduardo Gaievski é investigado por estupro de menores


A Justiça de Realeza, no Paraná, decretou hoje a prisão preventiva do assessor especial da Casa Civil da Presidência da República Eduardo André Gaievski. Ex-prefeito de Realeza, no Paraná, ele é investigado por estupro de vulneráveis. Um inquérito que tramita em segredo no fórum da cidade reuniu depoimentos de supostas vítimas. Segundo os relatos, o então prefeito oferecia dinheiro a meninas pobres em troca de sexo.


“Eu tinha 13 anos de idade e o prefeito foi me buscar no colégio para levar para o motel”, diz J. S., uma das vítimas, que hoje está com 17 anos. O prefeito, segundo os relatos, aliciava as garotas usando mulheres mais velhas para convencê-las a manter relações com ele.


“A gente era ameaçada para não contar nada a ninguém”, diz A.F., que tinha 14 anos quando foi levada ao motel Jet’aime pelo prefeito três vezes, recebendo entre 150 e 200 reais cada uma delas.


P.B., outra suposta vítima, contou que saiu com o prefeito três vezes em troca de um emprego na prefeitura. “Hoje tenho depressão e vivo a base de remédios”, conta a moça, que está com 22 anos. “Quando ele enjoou de mim, fui demitida.”


Eduardo Gaievski foi prefeito por dois mandatos, entre 2005 e 2012. Em janeiro, a convite da ministra Gleisi Hoffmann, ele assumiu o cargo de assessor especial do ministério, encarregado de coordenar programas sociais importantes, como o de combate ao crack e o de construção de creches. Seu gabinete fica no quarto andar do Palácio do Planalto.



O assessor nega todas as acusações. Segundo ele, as denúncias foram armadas por adversários políticos que teriam interesse em prejudicar a ministra Gleisi. “Nego tudo isso e sei que vou provar minha inocência”, disse ele. Gaievski alega que o processo é retaliação de integrantes do Ministério Público do Paraná que teriam sido denunciados por ele quando era prefeito de Realeza.