quarta-feira, 26 de junho de 2013

Dilma está no mato sem cachorro



Por Ricardo Setti

Não tenham dúvidas, amigas e amigos do blog: é alarmante constatar que o governo da presidente Dilma, neste momento crucial da vida brasileira, com milhões de cidadãos protestando nas ruas, está perdido, está no mato sem cachorro. A ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann nem ousa mais aparecer, fala muito pouco e o pouco que fala não diz coisa com coisa. Está tão perdida quanto sua chefe.

Nenhum chefe de Estado que se preze faz uma solene proposta em rede nacional de TV — no caso, a de uma constituinte para realizar uma reforma política, a ser convocada por plebiscito, ideia esdrúxula sobre cuja forma de execução ninguém tinha a menor ideia e que foi duramente combatida por diversos setores — para, 24 horas depois, por vias indiretas e com seu governo mostrando visível desconforto, recuar e dizer que não é bem assim.

Segundo lembra o site de VEJA, “desde que foi alardeada pela presidente, pegando de surpresa governadores e prefeitos que aguardavam o início de uma reunião em Brasília, a ideia da Constituinte foi bombardeada por juristas, políticos da base parlamentar do governo e da oposição, e, reservadamente, considerada inviável por integrantes do Supremo Tribunal Federal. Pelo menos quatro magistrados do STF procuraram líderes do governo e da oposição para alertar sobre os riscos da proposta. Um dos ministros mais engajados enfatizou que o anúncio da chefe do Executivo era um ‘golpe contra a democracia’”.

Dilma, que obviamente não preparou devidamente, até por falta de tempo, a grande reunião com governadores e prefeitos, como acentuei em post anterior, no fim das contas fez os governadores e prefeitos de palhaços, por mais que, hoje, constrangidíssimo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tenha tentado justificar a proposta da presidente:

– A presidente da República falou em processo constituinte específico; ela não defendeu uma tese. Há várias maneiras de fazer um processo constituinte específico. Uma delas seria a convocação de uma Assembleia Constituinte, como muitos defendem. A outra forma seria, através de um plebiscito, colocar questões que balizassem o processo constituinte específico feito pelo Congresso. A presidente falou genericamente.

Falou “genericamente”? Quer dizer que então se faz uma sugestão, na verdade concretíssima, ao conjunto da cidadania, aos mais de 100 milhões de eleitores de todo um país, ao Senado, à Câmara dos Deputados, à magistratura, à opinião pública internacional etc etc — e, de repente, ela é “genérica”?

Dilma chefia um governo que não conversa com ninguém (ela própria, segundo o ministro Gilberto Carvalho, consulta-se basicamente com os ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, seu amigo de juventude, e da Educação, Aloizio Mercadante, viciado em perder eleições para o governo de São Paulo), que não ouve ninguém, que não controla mais sua confusa e entrechocante base aliada, que não sabe o que fazer nem para onde vai.

Mesmo agora, ao manter, com modificações, a ideia nebulosa de um plebiscito — o Planalto divulgou nota agora há pouco defendendo “a relevância de uma ampla consulta popular por meio de um plebiscito” –, trocou-se a iniciativa de o povo decidir ou não pela convocação de uma constituinte exclusiva por outra medida: os eleitores decidirão diretamente se aprovam ou não temas específicos de reforma política que serão propostos.

E então voltamos à estaca zero: nunca houve consenso sobre questões cruciais da reforma política, principalmente sobre a MÃE DE TODAS AS DISTORÇÕES — a desigual representação proporcional dos Estados na Câmara dos Deputados, que faz um cidadão de Roraima valer, em termos eleitorais, mais de dez vezes um cidadão que viva em São Paulo. Da mesma forma, nunca se obteve consenso sobre se o voto deve ser obrigatório ou não, sobre como se fazer o financiamento das campanhas, sobre se haverá ou não voto distrital etc etc etc.

Há pelo menos 20 anos discute-se uma reforma política no Congresso e nunca se conseguiu uma ampla maioria para nada efetivamente relevante.

Como, então, poderá haver consenso para decidir o que irá ser proposto ao eleitorado na cédula com a qual ele votará no tal plebiscito? Quaisquer que sejam as perguntas, elas precisarão passar pelo crivo do atual Congresso, e não há a menor dúvida de que serão podadas.

Parece que ninguém no governo pensou nisso. Uma prova mais de que estão perdidos, sem saber o que fazer e para onde ir. No mato sem cachorro.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Em Cascavel, Beto Richa é amplo favorito

Do Fábio Campana



Se as eleições ao governo do Estado fossem hoje, o governador Beto Richa, do PSDB, teria 41,75% dos votos em Cascavel. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, do PT, teria 31,75% e o senador Roberto Requião, do PMDB,26,5%.

Os números são de pesquisa encomendada pela Rádio CBN de Cascavel, realizada pelo Instituto Vox Data nos dias 10 e 11 de junho, ouvindo 500 eleitores (margem de erro de três pontos para mais ou para menos).

Numa projeção de segundo turno Beto ganharia de Gleisi por 57% a 42%; e de Requião por 64% a 35%. Se o segundo turno fosse entre Gleisi e Requião, a ministra ganharia por 54% a 45%.

Para o Senado, o senador Alvaro Dias, do PSDB, teria 38,5% dos votos; Osmar Dias, do PDT, teria 29%; Orlando Pessuti, do PMDB, 18,5%; e Ricardo Barros, do PP, 14%.

Na disputa presidencial, a presidente Dilma Rousseff, do PT, teria 39,24% dos votos; o senador Aécio Neves, do PSDB, 27,5%; a ex-ministra Marina Silva, 14%; e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, 3%. Outros candidatos somariam 16,25% dos votos.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Convenio deve viabilizar novo trecho de rodovia entre o sudoeste do PR e o oeste de SC



Governo catarinense já sinalizou interesse no convênio, no PR governo já se mobiliza
Assessoria 
O subchefe da Cassa Civil, Guto Silva, anunciou ontem que o governo Beto Richa está trabalhando em um projeto para viabilizar um novo trecho de rodovia ligando o oeste catarinense e o sudoeste do Paraná. De acordo com Guto Silva, a obra será executada em parceria com o governo catarinense e ligará os municípios de Mariópolis e São Domingos. “É uma obra importante, um trecho que, depois de concluído, irá reduzir a viagem a Chapecó em quase 50km”, disse o subchefe da Casa Civil, Guto Silva. 

De acordo com Guto, o governo catarinense já sinalizou a iniciativa de firmar a parceria executando a obra em seu trecho de abrangência, enquanto o governo do estado confirmou na tarde de ontem o início dos estudos de viabilidade da obra no trecho correspondente ao Paraná. “No Paraná serão 6km para pavimentação e modernização, já do lado catarinense serão outros 16km de obras. As conversas estão bastante adiantadas e a reunião que tivemos mostrou que a viabilidade do projeto é algo concreto”, afirmou Silva. 

Na tarde de ontem, Guto recebeu o prefeito de Mariópolis, Mario Paulek, para uma reunião com o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) Nelson Leal, para definir as primeiras ações para viabilização do projeto. “É uma obra importante, o prefeito Paulek está empenhando em ajudar o estado e o sudoeste a melhorar sua infraestrutura de rodovias criando um novo corredor entre o oeste catarinense e o sudoeste do Paraná”, concluiu Guto Silva.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Na estreia do Brasileiro de Turismo Casagrande conquista a segunda posição



Gabriel Casagrande faz corrida empolgante na abertura do campeonato

Por Pedro Rodrigues Neto
 
Na prova de estreia do Campeonato Brasileiro de Turismo - a mais nova categoria de acesso para à Stock Car - Gabriel Casagrande fez uma prova empolgante. Marcada por belas ultrapassagens e disputa acirrada.

O paranaense de 18 anos largou na quarta posição e já na largada com uma ultrapassagem sensacional por fora na curva 1, passou para a primeira posição, onde permaneceu numa disputa acirrada com Felipe Fraga. Na metade da prova, Casagrande ficou sem a sua quarta marcha, o que dificultou a disputa com Fraga, mas o piloto segurou até o fim a disputa por posições chegando na segunda colocação. 

"Estou muito feliz com essa primeira corrida. Consegui impor um ritmo e foi um ótimo resultado. A equipe trabalhou muito bem e sabemos que a cada etapa vamos evoluir ainda mais no trabalho", destacou o piloto, atual campeão Brasileiro de Kart - Graduados.

O Campeonato Brasileiro de Turismo será a categoria formadora de pilotos para à maior categoria do automobilismo brasileiro e disputará as suas oito etapas junto com à Stock Car, encerrando o campeonato no dia 15 de dezembro, em São Paulo, fazendo parte da programação da Corrida do Milhão.

A 2ª etapa acontecerá no dia 16 de junho, em Cascavel, no Paraná.